sábado, 31 de outubro de 2009

Desabafo!!



Eu tenho que desabafar: ter cara de criança é muito bom, mas cansa!

Será que a sua competência pode ser medida por isso?

Será que as pessoas têm o direito de não acreditarem em você, por vc ter cara de menina?

Cansei dos "diminutivos", das mesmas piadinhas!

SACO isso.

Rótulos enchem o saco.

"Vc?? Como pode?? Com essa carinha de anjo, não pode levantar a voz pra ninguém!"
Cansei de ver caras de espanto...

"Owww....que fofa, ela brinca de boneca, assiste ursinhos carinhosos e dorme oito horas da noite"
kkkkkkkkkk....me deixe viu?

O problema é que sempre, por mais ridículo que seja, tenho que acrescentar a minha idade nas apresentações, (- Oi, eu sei que você acha que eu tenho uns 17 anos, mas tenho 21! - Ohh, sério? Eu daria 15 fácil!).

Se eu não fizer isso a conversa não rende e começa a ladainha: "cadê seu papai?? Tá esperando ele para ir pra casa é?"! affee

Aí, vai eu falar de sexo, por exemplo: me sinto como a pior das pecadoras pelos olhares tortos e confusos.
Ah, pior é entregar o cartão de débito na loja e a vendedora dizer que eu não posso usar o cartão de minha mãe, que ela tem que ir comigo. ¬¬'

Tá bom então! Quer dizer que por ter cara de criança eu fico impedida de viver uma vida adulta? ok.

Eu só acho que eu não preciso sair falando da minha vida pessoal pra Deus e o mundo.
Sou discreta, o que é diferente de ser infantil. (muito pelo contrário, isso sim).

O fato é que eu não preciso carregar uma faixa dizendo que tenho responsabilidades, obrigações, problemas, compromissos, como qualquer pessoa da minha idade...(isso fica implícito, não é, não?)

Mas, algumas vezes, parece que tenho que andar com a idade estampada na testa pra conversar com as pessoas....

TRISTE ISSO.



Por: Nínive e Ana Paula

domingo, 25 de outubro de 2009

Sem tempo =/




A falta de tempo não é o problema, o problema (ou não) mesmo é a estabilidade...
pois é...estou estável demais para me inspirar.
Mas estabilidade dura pouco. (principalmente em mulheres)
Aguardem cenas do próximo capítulo...

Traduzindo: estou muito satisfeita com tudo hoje:
Como um dia de sol na pscina. (mesmo sem tempo para isso!! haha)

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Encontro com a felicidade - parte 1 - O caso de Lina



...Já era tarde e Lina insistia em revirar sua memória, prestanto atenção nos mínimos detalhes: pequenas bobagens que poderia ter deixado passar. Mas esse era seu maior sonho: deixar passar!

Besteira! Ela nunca conseguiria!

Ela vivia sonhando com o dia em que pudesse deitar e se concentrar apenas na sua história. Porque todas as noites, antes de dormir, ela se olhava no espelho e tinha a sensação de que várias vidas tinham passado por aquele corpo. Aquilo pesava.

Lina era infeliz. Aquelas histórias não eram suas. As frases pronunciadas durante o dia voltavam sem que ela pedisse, começando mais uma madrugada de retrospectiva...

Cada dia que passava isso destruía o pouco dela que ainda tinha ali.

A vida de Lina era uma incoerência. Ela não ficava só, mas, sem dúvida, seu outro grande problema era a solidão!

Vez ou outra ela conhecia alguém, fazia amigos. Porém, todos partiam, e pelo mesmo motivo: LINA SEMPRE SE LEMBRAVA DE TUDO!

Então Lina tomou uma decisão: parou de sair de casa, parou de ver TV. Ela não aguentava mais! Sua vida era lembrança!

Em um desses dias vazios ela recebeu uma mensagem de um daqueles amigos que a deixara:



Querida Lina,

A imperfeição é uma condição para o inesquecível.
Nunca te esquecerei.

Mário



Lina não lembrou quem era Mário.